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Christus Nóbrega já palmilhou o interior da Paraíba em idas e vindas. Conheceu a cadeia produtiva do couro em Cabaceiras, no Planalto da Borborema, onde são produzidos de selas para cavalos até calçados e vestimentas. Acompanhou a mineração de turmalina em Patos e a fabricação de bruxinhas de pano em Sousa. Percorreu assentamentos nos quais trabalhadores rurais sem-terra usam borracha para fazer estilingues. E até publicou um livro sobre sobre a renda renascença e as artesãs da região de Curimataú.

Todas essas viagens foram feitas ao longo dos primeiros anos da década passada. Época em que Christus trabalhava numa parceria da Universidade Federal da Paraíba com o governo do estado para pesquisar e mapear as chamadas “tecnologias apropriadas”. Ou seja, as técnicas ancestrais do povo de um lugar. Processos aprendidos e passados adiante por gerações e gerações, elaborados a partir de produtos naturais para vencer as necessidades específicas de cada região.

Foram essas viagens como etnógrafo que, pela primeira vez, levaram Christus até Chã dos Pereiras, vilarejo do município de Ingá, região de Campina Grande. Eis o berço nordestino da chamada renda labirinto, uma técnica trazida da Europa pelos portugueses e que acabou por prosperar no coração do semiárido paraibano.

 

Metrópoles

Redação


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