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Afundada em uma grave crise, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) elaborou um plano para recuperar a saúde financeira da estatal e estipulou um prazo para equilibrar as contas: abril de 2018. Para que isso ocorra, a empresa pretende seguir religiosamente as etapas planejadas, como desligar 38,75% dos servidores e acelerar a venda de terrenos públicos.

A ideia é reduzir custos e incrementar a receita. O presidente da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis, detalhou a estratégia para os próximos meses. De acordo com ele, o rombo financeiro da empresa foi provocado fundamentalmente pelas irregularidades nas obras do Mané Garrincha, que deixaram um buraco de R$ 1,5 bilhão nas contas da agência. “Foi isso que colocou a empresa nessa situação”, ressaltou.

Conforme o Metrópoles antecipou, o Conselho de Administração da Terracap (Conad) passou a tesoura na cúpula da empresa: o número de diretorias caiu de sete para quatro. As que serão mantidas vão acumular os serviços das gerências extintas.

A Diretoria Comercial (Dicom), chefiada por Ricardo Henrique Sampaio Santiago, absorveu as funções da Diretoria de Novos Empreendimentos (Dipre). A Dirur (Regularização de Imóveis Rurais), comandada por Gustavo Dias Henrique, ficará com os assuntos da Diretoria de Habitação e Regularização Fundiária (Dehab). Já a Diretoria Financeira (Difin), sob comando de Renato Jorgen Brown Ribeiro, absorverá o trabalho da Diretoria Administrativa (Digap).

“Esperamos recuperar a empresa até abril de 2018. Esse é o prazo que trabalhamos para a Terracap estar salva e com fluxo de caixa, plenamente restabelecida em sua capacidade de investimento”, aposta Júlio César Reis. A empresa pretende ainda reduzir em 25% os gastos administrativos, que incluem limpeza, apoio operacional e locação de veículos.

Programa de Demissão Incentivada (PDI)
Em outra frente, a empresa quer acelerar o Programa de Demissão Incentivada (PDI) que está em curso desde novembro de 2016. De acordo com a estatal, o quadro atual de servidores, concursados e comissionados, é de 658 profissionais, número que deverá ser reduzido para 403 até o fim do ano, o que representa um corte de 38,75%.

Até dezembro, a empresa espera que 100 funcionários concursados sejam desligados, totalizando 199 saídas. O enxugamento no quadro de pessoal, segundo cálculos da própria empresa, pode implicar em uma economia de R$ 25 milhões na folha salarial de 2017. Nos demais anos, esse valor pode cair para R$ 57 milhões a cada 12 meses.

O plano, contudo, pode ir por água abaixo. Tudo por conta das dificuldades que a empresa tem encontrado para arcar com seus compromissos financeiros. “Eles não têm recursos e, por isso, adiaram o PDI”, conta um servidor, que prefere não se identificar.

Redação


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