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Catadores de cooperativas que trabalham no lixão da Estrutural vão receber uma bolsa mensal de R$ 360,75 do governo do Distrito Federal para complementar a renda até a desativação completa do local. De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg, o auxílio começa a ser pago em setembro e vai beneficiar 1.200 pessoas.

A medida foi implementada pela Lei Distrital nº 1.459, sancionada pelo governador nesta terça-feira (20), e tem intenção de reduzir os impactos na renda mensal dos catadores com o fechamento do Aterro do Jóquei. Segundo catadores, o número de caminhões com materiais misturados que descarregam no lixão diminuiu desde a inauguração do aterro de Samambaia e, com isso, o rendimento das famílias também caiu.

Governador do DF, Rodrigo Rollemberg, assina contrato com nove cooperativas de catadores para coleta seletiva (Foto: Luiza Garonce/G1)

Governador do DF, Rodrigo Rollemberg, assina contrato com nove cooperativas de catadores para coleta seletiva (Foto: Luiza Garonce/G1)

Na manhã desta terça, Rollemberg firmou ainda contratos com nove cooperativas de material reciclável que fazem a triagem do lixo no DF. Com duração de um ano, o acordo vai custar ao governo R$ 1,33 milhão.

A novidade é que, pela primeira vez, as cooperativas irão receber R$ 92 adicionais para cada tonelada de material reciclável recolhido. Segundo o governo, o valor da venda deste material permanecerá com os catadores.

“As cooperativas já coletam e triam, mas não recebem por isso. Agora, quando comprovarem o quanto venderam, vão receber. O valor é compatível com o que a gente teria que pagar para aterrar”, explicou a presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos.

Catador Sinomar Alves dos Santos, que trabalha no lixão da Estrutural, participa de evento do GDF sobre bolsa auxílio (Foto: Luiza Garonce/G1)

Catador Sinomar Alves dos Santos, que trabalha no lixão da Estrutural, participa de evento do GDF sobre bolsa auxílio (Foto: Luiza Garonce/G1)

Sinomar Alves dos Santos, que trabalha no lixão da Estrutural, diz que nem todos serão beneficiados.”A gente não pode ser contratado para fazer coleta seletiva porque não tem galpão, nem equipamento, nem caminhão.”

Além disso, ele afirma que o valor da bolsa não supre o que os catadores perdem com a transferência do lixo para o aterro de Samambaia. “Eu não gostaria de receber bolsa, mas de trabalhar. Se eu tô recebendo é sinal de que a coisa não está boa pra mim.”

Coleta seletiva

Atualmente, quatro cooperativas contratadas pelo SLU fazem coleta seletiva, mas elas não conseguem cobrir todo o DF, atuam em apenas cinco regiões administrativas. As outras 13 regiões, em que o serviço é realizado, são atendidas pela empresa Valor Ambiental.

Presidente do Serviço de Limpeza Urbana do DF, Kátia Campos (Foto: Luiza Garonce/G1)

Presidente do Serviço de Limpeza Urbana do DF, Kátia Campos (Foto: Luiza Garonce/G1)

Fonte: G1

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