A Polícia Civil identificou o bebê encontrado morto no Lago Paranoá no último domingo (9/4) e a mãe dele. Elisângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, saiu de casa com Miguel Santos Carvalho, de cinco meses, e outro filho, de 4 anos, na sexta-feira (7/4). Desde então, ela não foi mais vista. O garoto mais velho foi encontrado sozinho em Santa Maria, na quadra onde os familiares residem. Os responsáveis pelo caso, os investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), trabalham com duas hipóteses: Elisângela jogou-se no Lago com Miguel ou ela jogou o bebê e fugiu.
O inquérito está aberto, mas o crime segue sem tipificação. O laudo cadavérico com as causas da morte só ficará pronto em 30 dias. A investigação continua as buscas pela mãe.
Em depoimento, os familiares de Miguel afirmaram que depois de desaparecer, Elisângela mandou uma mensagem dizendo que iria fazer uma viagem sem volta. Em seguida, ela pedia perdão à família. Depois disso, a mulher não deu mais notícias.
No dia do desaparecimento, a cunhada de Elisângela registrou ocorrência de desaparecimento na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). No sábado (8/4), um dia após o ocorrido, o filho de quatro anos da mulher foi encontrado em frente a casa da família. Ainda não há informações de como o garoto chegou até o local.
Elisângela é mãe de três filhos e estava separada do marido. A mulher trabalha vendendo balinhas e picolés na região administrativa onde mora. Os familiares afirmaram que ela estava triste por causa do recente divórcio, mas não sabem se isso motivou o desaparecimento. Os parentes de Elisângela identificaram o corpo no Instituto Médico Legal (IML) após verem o caso repercutindo na imprensa.
A criança foi encontrada na imediações da Península dos Ministros, à altura da QL 12 do Lago Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 17h de domingo um homem, que andava de jet ski no local, encontrou o corpo e acionou a corporação. O bebê, um menino, estava com calça de moletom amarela e uma regata com desenhos de barcos. Com o bebê, havia uma chupeta azul presa à roupa por uma fita também azul. Um broche com a imagem de um hipopótamo estava preso às vestimentas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança não apresentava marcas ou sinais de violência.
Investigação
Pelas condições do corpo do bebê, o Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que a morte tenha ocorrido há dois ou três dias. “Em situações de afogamento, demora, no mínimo, 48h para o corpo da criança boiar”, explica o oficial. O tempo para que o corpo de um adulto boie é o mesmo, mas pode chegar a 72h. “Se realmente for o caso de ter algum outro corpo, pode estar em outras regiões que não ali no ponto onde foi encontrada a criança”, arrisca Lourival.
Fonte: Correio Web