Vinicius Neres responde por homicídio qualificado e confessou crime à polícia. Ele está preso desde março de 2016 e irá a júri popular em abril.
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Vinícius Neres, acusado de matar a ex-namorada na UnB (Foto: Arquivo pessoal)
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal marcou para 3 de abril, às 9h da manhã, o júri popular do ex-estudante Vinicius Neres Ribeiro, de 20 anos, acusado de matar a ex-namorada Louise Ribeiro em um laboratório da Universidade de Brasília (UnB).
A data foi estipulada na última sexta (9), um dia antes de o crime completar um ano. Até o julgamento, o Tribunal deverá intimar as testemunhas indicadas tanto pela defesa quanto pelo Ministério Público, a quem cabe fazer a acusação.
Em janeiro, a Justiça havia negado um recurso da defesa do rapaz para evitar que ele fosse levado a juri popular. Com a medida, Neres será julgado por um grupo de pessoas leigas, previamente alistadas no Tribunal.
O ex-estudante universitário, que foi desligado da UnB após o crime, foi preso em 11 de março do ano passado, horas após a descoberta da morte de Louise. Eles aguarda o julgamento na prisão e é apontado como principal suspeito. Neris chegou a confessar a autoria do assassinato à Polícia Civil.
Relembre o caso
Louise, que tinha 20 anos, foi dopada com clorofórmio e, depois de inconsciente, teve 200 mililitros do produto químico injetados na boca. O produto tóxico foi a causa da morte. O crime foi cometido em um laboratório da UnB.
Segundo a investigação, Neres prendeu os pés e as mãos da menina e enrolou o corpo dela em um colchão inflável. Ele teria levado o corpo da estudante no carro dela até uma área de cerrado no Setor de Clubes Norte e abandonado o cadáver na mata.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, apresentada em abril do ano passado, Neres “premeditou o crime de forma meticulosa, decidindo hora, lugar e meio de execução” e agiu “com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima”.
O rapaz responde por homicídio qualificado, com quatro agravantes: motivo fútil, uso de recurso que dificulta a defesa da vítima, asfixia e feminicídio. O réu também foi denunciado por ocultação de cadáver.
Crime premeditado
Os depoimentos colhidos em junho indicaram que o ex-estudante, que cursava biologia, reservou, com uma semana de antecedência, o laboratório onde Louise Ribeiro foi morta asfixiada com clorofórmio.
De acordo com as testemunhas, Neres informou a colegas e professores que faria um “experimento fotográfico” naquela semana, com materiais sensíveis à luz. Assim, conseguiu autorização para tampar as janelas e impedir a entrada de outros colegas no espaço.
Ele também chegou a informar que não compareceria à UnB na sexta seguinte à “experiência”, porque teria que comparecer a uma audiência judicial. Os depoimentos corroboram com a hipótese divulgada pela Polícia Civil, de que o crime teria sido premeditado.
Depois de detido pela polícia, o próprio estudante confessou o crime e levou a PM à área de cerrado onde o corpo de Louise tinha sido atirado. Segundo um policial, o cadáver foi encontrado com um arame nas pernas e um lacre de plástico nas mãos.
Fonte: G1