Acoleta seletiva está suspensa em 16 regiões administrativas do Distrito Federal. Oficialmente o Serviço de Limpeza Urbana reconhece a ausência completa de coleta na Candangolândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Park Way, Recando das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Fercal e Plano Piloto. Em Santa Maria, Samambaia e Brazlândia, os serviços, segundo o governo, estão sendo retomados gradativamente. Além destas, moradores de outras regiões e de toda zona rural acusam a falta de recolhimento e descarte correto de material reciclável.
Moradores do Jardim Botânico, por exemplo, dizem que estão há dois anos sem coleta seletiva regular. Quando eles consultaram o governo sobre a situação, a comunidade recebeu a explicação de que faltava licença de instalação para recomeçar o serviço. Eles receberam a notícia de que esta licença saiu e agora aguardam notícias do SLU para saber quando a coleta seletiva será retomada.
A síndica de um condomínio com 550 residências, no Jardim Botânico, Rose Marques, conta que atualmente os moradores têm um custo de 12 mil reais para que uma empresa privada faça a coleta seletiva, mas a destinação final não é correta. Os moradores mantém a rotina de separar o lixo e, uma vez por semana, funcionários da empresa recolhem esse material, mas o descarte nesse caso vai para o lixão e a separação perde o sentido. “Separo o plástico, o papel, as garrafas. O sistema de coleta leva e não adianta nada, né! Misturam tudo novamente”, conta a professora Marli Cristina Barros, moradora do condomínio.
Para se desfazer do lixo eletrônico, lâmpadas, óleo de cozinha e pilhas, os próprios moradores criaram uma rede e conseguiram dar um descarte correto. “Os componentes eletrônicos uma empresa particular recolhe, as lâmpadas a gente envia para CEB da Asa Norte, o projeto Biguá da Caesb leva o óleo, e as pilhaas a gente encaminha para o supermercado”, conta Rose.
O SLU justifica que após o término do contrato, algumas empresas veem na atividade um investimento alto com baixo retorno. A primeira suspensão da coleta seletiva ocorreu em março de 2015 devido ao término do contrato com a empresa responsável. Em dezembro do mesmo ano uma nova suspensão afetou as regiões da Candangolândia, Gama, Núcleo Bandeirante, Park Way (a partir da Quadra 6), Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II e Plano Piloto. Os motivos seriam o atingimento do limite previsto para as empresas que operavam a coleta e a alegação de prejuízo das prestadoras de serviço. A próxima audiência pública para edital de coleta seletiva será realizada no dia 16 de dezembro.