Com a redução das chuvas no mês de outubro e a baixa adesão às campanhas para economizar água, os reservatórios do DF continuam perdendo volume, agravando a crise hídrica. Neste sábado (5/11), o nível do Rio Descoberto, responsável por 60% do abastecimento local, chegou ao percentual de 21,39% da capacidade máxima. O de Santa Maria, que fornece 20% da água para a região, esteve próximo dos 41% de seu volume total (veja abaixo). Com o quadro, o racionamento e está cada vez próximo do brasiliense.
O regime de restrição será adotado caso pelo menos um dos reservatórios alcance nível abaixo de 20%. “Ainda não podemos afirmar que haverá racionamento de água. Tudo depende de quando os reservatórios atingirem esse nível. Quem decreta a medida é a Adasa. A Caesb está elaborando o plano de contingência e a expectativa é para que não precise utilizá-lo”, afirmou o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice.
De acordo com ele, a situação nos últimos dias havia melhorado, mas com a volta do calor, os índices voltaram a cair. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que em outubro choveu 50% a menos do que o esperado na capital federal. Foram 83,7 milímetros, quando a média para o período era de 166,6 mm.
Confira o último balanço dos reservatórios:
REPRODUÇÃO/ADASADiferença no bolso
Diante da crise, desde o início de novembro, a conta de água ficou 20% mais cara para os moradores da capital, quando o nível do Descoberto atingiu 25%. A tarifa de contingênciaestabelecida pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), está sendo aplicada para quem consome água acima do limite estipulado.
Segundo a Caesb, no momento, nenhuma região administrativa está com o serviço de abastecimento suspenso, emergencialmente, devido à seca. O órgão solicita aos moradores que façam uso racional da água de forma a ajudar na recuperação plena e equilibrada do sistema.
De acordo com a última medição registrada pela Caesb, o consumo medido no mês de agosto foi de 16,24 milhões de m³ em todo o DF. Em setembro, o valor medido caiu para 15,58 milhões de m³. Isso significa uma redução em torno de 4% entre os dois meses. A próxima comparação, entre setembro e outubro, deve ser divulgada nesta semana.
