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1A reação às mudanças previstas a partir da reforma do ensino médio proposta pelo governo extrapolam as fronteiras brasileiras. O governo da Espanha demonstrou preocupação com um dos itens previstos no novo modelo: o que exclui a obrigatoriedade de as escolas oferecerem língua espanhola aos estudantes.

O embaixador da Espanha no Brasil, Manoel De La Cámara Hermoso, se encontrou com o ministro da Educação, Mendonça Filho. A reunião foi intermediada pelo deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF). O parlamentar preside a comissão mista criada para analisar a Medida Provisória 746 de reformulação do ensino médio. Também estava presente o relator da MP, senador Pedro Chaves (PSC/MS).

Durante o encontro com o ministro, o embaixador expôs que nos últimos anos a Espanha tem feito um investimento na formação de milhares de professores brasileiros por meio de cursos de formação a distância. Na visão de Hermoso, retirar a obrigatoriedade de oferta da língua espanhola nas escolas seria um desperdício de qualificação desses profissionais e um retrocesso no esforço de aproximação entre países do Mercosul, onde o espanhol é o idioma predominante.

O episódio diplomático é apenas uma das inúmeras respostas que pais, alunos e os próprios profissionais de educação esperam do governo. E justamente na tentativa de explicar como se dará a reforma, o Congresso Nacional realizará uma bateria de audiências públicas em novembro. A primeira delas ocorreu nesta terça e reuniu uma série de entidades representativas do sistema educacional.

A intenção do presidente da comissão mista de reforma do ensino médio é finalizar as rodadas de discussões nas próximas semanas para que o relatório sobre a MP 746 seja apresentado e votado até dia 29 e siga para apreciação em plenário.

Redação


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