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1Correntes partidas, pregos e pedaços de madeira expostos. É assim que boa parte das crianças encontra os parquinhos infantis em áreas nobres de Brasília. A imagem do abandono reflete, segundo os próprios moradores, o descaso do governo e de parte da sociedade com o espaço público. O primeiro, por não fazer a manutenção adequada. O segundo, porque parte dos usuários são responsáveis pela depredação dos brinquedos que deveriam garantir riso solto e muita diversão.

Durante três dias, o Correio percorreu Plano Piloto, Cruzeiro, Sudoeste e Setor de Clubes Sul para ver como está a situação dessas áreas de lazer. Visitou 16 parques e conversou com os pais e as crianças sobre o que funciona e o que atrapalha nas estruturas.

Em alguns locais, como no Cruzeiro e no Sudoeste, ainda é comum encontrar os parquinhos de lata. Alguns até estão conservados, mas, devido ao clima de Brasília — Sol e calor intensos na maior parte do ano —, têm uso limitado, pois esquentam muito e podem queimar a pele das crianças. Nas asas Norte e Sul, há muitas estruturas de madeira que não esquentam tanto. O problema é que boa parte está quebrada. Do total de parquinhos visitados pelo Correio, quatro estão abandonados e oferecem risco aos usuários. Um deles, o que fica no Bosque do Sudoeste, passa por reforma.

Morador da 215 Norte, o advogado aposentado Francisco Feitosa Dias, 72 anos, diz que, uma vez por ano, funcionários do governo dão uma geral no local. E que, por algum tempo, a prefeitura da quadra ajudava na manutenção. “O problema é que, muitas vezes, adolescentes usam os brinquedos. E eles não foram feitos para suportar o peso dos mais velhos”, lamenta. Mesmo com alguns problemas, Francisco diz que a neta aproveita o espaço com frequência. Leia caso a caso.

Correio Braziliense

Redação


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