De sexta-feira (21) a 20 de novembro, o Centro de Excelência do Cerrado — Cerratenses, no Jardim Botânico de Brasília, recebe a exposição Espírito Cerratense, do goiano Vicente Caraíba. A mostra levará ao local 30 esculturas e talhas esculpidas em madeira morta garimpada pelo artista plástico, além de 11 pinturas digitais feitas por ele.
Inspirada na tortuosidade das árvores secas, a mostra é um alerta para a destruição do Cerrado e atenta para a beleza e a importância do bioma que abrange cerca de 20% do território nacional e no qual o DF está totalmente inserido. Além disso, a exposição homenageia Paulo Bertrand, historiador autor de vasta bibliografia sobre o tema, que morreu em 2005 e completaria 68 anos em 2016.
Os visitantes poderão interagir com as obras, ao tocar e cheirar a madeira, em um exercício imaginativo. O processo de criação do artista consiste em encontrar troncos e pedaços de árvores e moldá-las em seu ateliê, em Goiás Velho. No caso da pintura digital, Caraíba usa os computadores como ferramentas para desenhar cores e formas que baseiam sua perspectiva sobre o Cerrado por meio da tecnologia.
Sobre o Cerratenses
O Centro de Excelência do Cerrado — Cerratenses é um espaço de pesquisa e preservação do bioma predominante na região Centro-Oeste e presente em quase 24% do território nacional. Inaugurado em setembro de 2015, o local foi pensado para fomentar políticas de proteção ao Cerrado como rede de apoio a todas as unidades federativas pertencentes ao bioma e reforçar a identidade do brasiliense com a fauna e a flora nativas. O termo Cerratenses significa “gente do Cerrado” e foi cunhado pelo historiador goiano Paulo Bertran e pelo fotógrafo Rui Faquini.