
O parlamentar justificou o pedido ao declarar que a gestão dela é falha. “Ela não notifica as famílias e não aciona a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos para acompanhar as derrubadas. As ações configuram-se, assim, irregulares”, alegou. Ricardo Vale ressaltou a necessidade de oferecer atendimento psicológico e sugerir programas sociais à população e criticou o posicionamento do GDF. “O governo é negligente e trata famílias como objetos descartáveis”, acrescentou.
Frente ao auditório lotado, comunidade e distritais estabeleceram diretrizes, que, posteriormente, serão encaminhadas ao Executivo local. De acordo com Rafael Prudente (PMDB), responsável por presidir a audiência pública com Telma Rufino (sem partido), destacam-se quatro necessidades: a transparência, configurada pela apresentação de um cronograma com política de regularização fundiária; a suspensão das demolições; o estabelecimento de programas preventivos; e a prisão de grileiros. “Precisamos acabar com esse clima de terrorismo a conta-gotas”, ponderou.
Wasny de Roure (PT) explicou que a paralisação da votação de projetos provenientes do Buriti é um alerta ao governo. “O GDF leva em conta apenas o direito patrimonial e esquece do direito à moradia, por exemplo”, afirmou. Pelo menos nove deputados aprovam a medida. O presidente da Mesa Diretora, Juarezão (PSB), alega que acatará a decisão majoritária da Casa.
Subiram à tribuna Telma Rufino; Rafael Prudente; o diretor de Habitação, Rubens do Amaral, pela Secretaria de Gestão do Território e Habitação; o gerente de alienação, Flávio de Oliveira, pela Codhab; e o procurador-chefe do Meio Ambiente, Sidarta Costa, pela Procuradoria-Geral do DF.