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sem-tituloO presidente da Caesb, Maurício Luduvice afirmou nesta sexta-feira (31) que a obra para captação de água em Corumbá, Goiás, será entregue no final de 2018, e que os custos não serão repassados para os consumidores do Distrito Federal. De acordo com o GDF, 65% do projeto está pronto.

A construção do sistema de captação de água foi dividida entre o governo do Distrito Federal e o governo de Goiás. A obra foi orçada em R$ 540 milhões. A Saneago – companhia de saneamento do estado de Goiás – é responsável pela estação de captação de água em Corumbá e o transporte nos primeiros 15 km. Já a Caesb cuida dos outros 15 km de tubulação, até a chegada na estação de tratamento.

Tubulação por onde a água da represa passa (Foto: Vinícius de Souza/G1)

Tubulação por onde a água da represa passa (Foto: Vinícius de Souza/G1)

A previsão é que a estação distribua 5,6 m³ por segundo, no auge de produção. Porém, inicialmente a captação será de 1,4 m³ por segundo, podendo passar para 2,8 m³ no segundo ano.

O acordo prevê que cada estado fique com metade da água tratada. A expectativa do GDF é de que 1,3 milhões de pessoas sejam beneficiadas com o novo sistema. Pelo lado de Goiás, as cidades de Luziânia, Valparaíso, Novo Gama e Cristalina serão beneficiadas.

Apesar da obra estar sendo realizada durante o período de crise hídrica, Ludivice afirmou que não é emergencial e já estava prevista no orçamento do governo. “As obras começaram em 2011, mas foram interrompidas em 2013. Desde que assumimos, planejávamos o reinicio delas”, afirmou.

História

Em 2009 os governos de Goiás e do Distrito Federal iniciaram uma licitação para a captação de água na barragem de Corumbá. Mas apenas em 2011 as obras começaram e a previsão era que fossem entregues em 2012. Porém, devido a problemas orçamentários a construção foi atrasando até a ser interrompida em fevereiro de 2014.

A fim de retomar as obras, Rollemberg afirmou que desde o inicio de 2015 o GDF vem separando um parte de verba recebida por empréstimo, para a retomada da captação de água.

“Estivemos preocupados em separar um pedaço do valor recebido justamente para poder concluir essa obra.”

Apesar da parte do GDF estar em andamento, o estado de Goiás ainda não retomou as obras. Isso acontece, pois em 2015, a CGU começou a investigar a compra de bombas de água pela Saneago, por suspeita de superfaturamento.

Em função disso, o governo goiano ainda não teve acesso à verba necessária para a conclusão da parte correspondente na construção. A expectativa deles é que em abril as obras retomem.

O diretor de operações da Saneago, Marco Tulio de Moura, afirmou que o relatório final da investigação da CGU foi entregue ao Ministério das Cidades na quinta-feira (30).

“Ficamos sabendo que o Ministério recebeu o relatorio ontem. Não sabemos o resultado, mas acreditamos que o Ministério das Cidades vai liberar nossa fatia de R$ 265 milhões nos próximos dias”, afirmou.

Já Rollemberg, acredita que mesmo sem acesso a verba necessária para a construção do Sistema, a Saneago vai conseguir entregar sua parte na obra, a tempo.

“Eu tenho mantido contato com o governador Perillo e temos confiança que as obras serão entregas no prazo esperado”, afirmou.

Fonte: G1

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